Oi, gente!
Proposta nova procês... além do namorido, que vai ter um post sagrado de 15 em 15 dias, achei legal chamar amigos recém-casados para escreverem alguma coisa aqui. Nada bagunçado, não! Vou convidar pessoas empolgadas com suas casas (como nós, aliás) e que têm contribuições legais a dar, sejam fotos de decorações gringas (tenho uns amigos chiques que vivem por esse mundão), sejam reflexões sobre o processo, a alegria, o prazer de decorar. O marcador será "Decor Amiga". Vamos comprar essa ideia? ;)
Dando aqueeeeele pontapé inicial... Clarissa, que acabou de alugar uma casinha. Diga aí, minha filha, por que a gente quer tanto decorar nosso lar? E como fazer, na sua humilde opinião (plin, plin)?
Como
e por que decorar?
Faz menos de um mês que me mudei, o que significa que
estou às voltas com arrumação da nova casa. Aliás, as primeiras preocupações se
voltam para coisas práticas, que são muitas (pintura, descarga quebrada, piso
descolado etc. etc. etc.). Porém, antes mesmo de dar conta dessas pequenas
grandes coisas, já estou pensando em outras, menos emergenciais mas não menos
importantes: como deixar a casa funcional e charmosa ao mesmo tempo? Como decorar
os espaços, como fazer nossa casa ter nossa cara e nosso jeito? Às vezes dá uma
preguicinha e vem a dúvida: vale mesmo a pena perder tempo e dinheiro com isso?
Faz pouco percebi que, sim, vale. O verbo “decorar” pode
ter dois sentidos: guardar algo na memória, saber “de cor” (de coração). Ou “decorar”
de enfeitar, tornar mais belo. Se o papo for sobre harmonização de espaços, o
dicionário nos apontará o segundo sentido. Mas, para mim, os dois sentidos na
verdade têm a ver com o processo de decoração, porque nesse caso decorar é embelezar
a casa, e é também conhece-la em seu íntimo: enfeitá-la e sabe-la ‘de cor’.
Vou tentar voltar e me manter na proposta inicial do
texto: “Por que e como”, não era isso?
Bem, a busca da beleza é uma constante em nossas vidas. Óbvio que o belo é algo
subjetivo, em todas as esferas a que possamos nos remeter: um homem (ou mulher)
belo(a), um ambiente bonito, a beleza dos sentimentos... tudo é relativo, é a
velha história: a beleza está também nos olhos de quem vê. Não é por isso que
nós, ao nos perceber como alvo de olhares, deixamos de nos preocupar se estamos
bem. Queremos (cada um a sua maneira) nos preparar para esses olhares, a fim de
sermos aprovados por eles. Normalmente, é na adolescência que passamos a nos
enfeitar, a nos “decorar” para ficarmos mais atraentes, certo? A nossa vaidade
desperta e lá vamos para diante dos espelhos: mexe no cabelo, experimenta
roupas, o negócio é ficar bonito(a).
Agora onde a decoração entra nesse papo? Simples:
começamos a nos preocupar em decorar quando estamos mais maduros, quando
passamos a ter a necessidade de um espaço nosso de verdade, que inclusive se
pareça conosco. Do mesmo jeito que quando descobrimos nossa sexualidade nasce a
vaidade do corpo, quando começamos a nos posicionar de forma mais adulta diante
da vida nasce a vaidade da casa! Vontade de vê-la bonita, aconchegante, um
lugar que desperte o desejo de permanência. Por isso decoramos (enfeitamos) a
casa: queremos que tanto quanto nós a nossa casa seja bela e atraente. Ela
afinal é o nosso reflexo, uma espécie de retrato. Respondido então o “por quê”.
Vamos à parte mais delicada: o “como decorar”? Precisa
ser especialista, fazer um curso, chamar um profissional? Depende... depende
das suas intenções e do quão gordinha anda sua conta bancária. Se você está com
grana e quer uma casa impecável, de acordo com as últimas tendências e tudo o
mais... de repente é bacana se dedicar a um curso ou até mesmo contratar um
profissional e discutir com ele o que você espera da aparência do seu lar. Agora
se você quer mesmo é cuidar de todos os cantinhos da sua casa, deixando cada um
deles com o seu jeito, mas vai fazer isso com as próprias mãos, não há
problemas. Use a sua intuição, dê voz à sua personalidade e, óbvio, tenha um
pouco de bom senso. De cara, diga não aos exageros. Uma boa dica também é dar
uma olhada em revistas e sites (como esse) que falam de decoração. Você acaba
aprendendo como ganhar espaço, combinar cores e descobre novidades para sua
casa que nem suspeitava existir.
Para terminar, mais um pequeno conselho: controle sua
ansiedade. Quando você compra ou aluga algo novo é como um recomeço, e dá uma
vontade danada de comprar mil coisas bacanas, todas de uma vez só. Você quer
ver tudo pronto, agora é a hora. Só que vale a pena não comprar a primeira
coisa que se vê pela frente. Vale pesquisar preços, pois eles oscilam
loucamente. E vale mais ainda esperar para comprar “aquele” sofá, que com calma
acabou decidido que você quer chamar de seu. Ou o quadro que vai ficar na
parede principal: ele vai chegar aos seus olhos quando você menos esperar,
quase uma epifania, não se precipite.
Acho
que isso é tudo que meus parcos conhecimentos sobre o assunto me permitem
dizer. No mais, meu bem, boa sorte e divirta-se!
Beijos, gente! ;)
Ê, texto inspirador... ;)
ResponderExcluirVárias sensações em comum!
Gente, eu nunca tinha lido um texto dela! Adorei!
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